segunda-feira, 12 de março de 2012

Pessoas que falam de outras pessoas.


EDITORIA: CHATA DE GALOCHA


         Você já ouviu aquela frase: “Mentes grandes discutem ideias, mentes medianas discutem eventos e mentes pequenas discutem pessoas”?
            Acho engraçado pessoas que se interessam tanto por outras pessoas. Aquelas que parecem sentir uma necessidade quase que desesperada para comentar sobre a vida alheia. Veja bem, não me refiro a simples fofocas, mesmo porque, honestamente, não conheço ninguém que não faça uma fofoquinha aqui e ali.
            Me refiro à pessoas que sabem demais de outras pessoas que nem ao menos estão no mesmo círculo social que elas.
            Funciona mais ou menos assim:
“Você conhece a Maria Eduarda?”
“Hum.. Não.”
“Não conhece? A irmã da Maria Lucia”
“Ahn... Não, não conheço.”
“Aquela que namorava o Pedro!”
            Depois do terceiro “não” o indivíduo  não deveria mais nem tentar contar qualquer que seja a história. A menos que seja realmente relevante (o que raramente é), no caso, tudo bem, mas sem a necessidade de expor a identidade de pessoas que nem sequer te conhecem.
            A verdade é que: com tanto, acontecendo o tempo todo no mundo, ninguém deveria se interessar pela vida amorosa da vizinha da prima de alguém.
            Por que não conversamos mais sobre arte, história, literatura, cinema? Por que não discutimos com nossos amigos ideias que possam nos engrandecer?
            Além disso, pessoas que gostam de ouvir e comentar sobre outras pessoas também perdem o direito de reclamar de algum segredo seu que foi revelado ou de ter poucos amigos com quem conversar, desabafar, etc.
            Como escreveu Marian Keyes: Quem quer abrir as janelas da alma quando a vista está longe de ser espetacular?

Créditos:
Texto: Sarah Bevilaqua
Fotos: Google Imagens

Um comentário:

  1. Concordo integralmente. Isso é algo que me incomoda profundamente também. E, infelizmente, é algo com que eu tenho que conviver.

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